Diários de (bom) bordo

lundi, novembre 20, 2006

Dona Gracinha...

Assim que me mudei, Mamãe me perguntou se a gardienne (pessoa encarregada do prédio; a versão francesa do zelador) era portuguesa. Quase... é espanhola. A partir de então, minha tia apelidou a miserável de D. Gracinha; "muito mais simples que esse sobrenome louco dela".

Gente muito boa, que faz todo o possível pra ajudar todo mundo; pode-se dizer que nossa amizade começou quando ela foi anotar meus sobrenomes (sim, eu tenho dois...) pra colocar na caixa de correio. Ela traduziu o segundo pro espanhol e eu respondi na mesma língua; hablamos durante quase quinze minutos.

Só não me peçam pra entender de primeira o que ela fala... Ainda mais se o papo for via fone (tele ou inter). Quando fui perguntar como fazia pra abrir o armário dos contadores de energia, a resposta foi "abec un tournabis...". Como? "UN TOURNABIS!". Ah, tá... uma chave de fenda plana; saquei.

Alguns dias depois, veio ela me dizer que havia um "grán colis pour bous". Tudo bem, vou buscar o pacote que me mandaram (é ela quem recebe o correio do prédio todo e depois faz a distribuição).

Mas o que me faz rir é o fato de ela nunca conseguir memorizar meu sobrenome de origem hispânica; ela sempre chama pelo português. A cada encontro, manda um "coucou! bonxour mademoiselle De..." e completa pelo segundo.

É... eu tento fuxir das figuras mas elas contchinuam a me rrrondar... Mas, como tchiria Leandro: "se é pra falar língua extranxeira, qué sexa caxtexano!".

Nota da redação: Welter, o próximo post é sobre a faculdade; prometo.

jeudi, novembre 16, 2006

Vai ter que virar mantra..

Miranda asks Berger what he thinks. He pauses and says ominously, "Honestly?" Miranda says she wants "a man's opinion for a change." Berger drops it, with no sugar-coating. He's just not that into you."

Ainda vai, garotona?! Agora só falta eu aprender: he's just not that into you. He's just not that into you. He's just not that into you. (...) Uma hora a gente aprende; ou não...?

mardi, novembre 14, 2006

"Mudaram as estações e nada mudou"...

Sabe quando você acorda desnorteada?! O dia parece estranho, as pessoas, diferentes e a atmosfera, completamente desconhecida?! E você pensa que o dia vai ser daqueles, que sua sorte deve ter te reservado um presente daqueles bem de grego.

E as horas passam, e as pessoas também, e as páginas idem. E o dia termina, e você volta pra casa. E você segue aquela sua boa e velha rotina quando, de repente, no meio de uma coisa banal, que você já fez cinqüenta vezes, como limpar o chão, ligar o computador, ajeitar um livro, você percebe que o que mudou não foi o ambiente; foi você.

Nota da redação: eu já ando pensativa demais; bom ou mau sinal, só o tempo dirá... (suspiro)

lundi, novembre 13, 2006

Porque a vida, meus caros, é uma caixinha de surpresas...

Desses de cinema...

Estão rodando um filme na pracinha ao lado aqui de casa; voltando da biblioteca, é claro que eu fui xeretar.

O cenário é um café parisiense (ui, que chique!). Uma mulher loura, cabelos curtos e cacheados sai correndo, com cara de apavorada, lá de dentro e, na passagem, derruba uma mesa e tudo que tinha em cima dela. COOOOORTA!

Agora é esperar que eu consiga, se por acaso assistir à película, me lembrar da cena e conseguir identificá-la; quem sabe eu não assisti à nova Meryl Streep em ação?! =)

Nota da redação: Não, eu não tive a mesma sorte de Leandro, o figurante de "O Código da Vinci"; o ônibus ficou interdidado de passar na minha rua e eu tive que andar 3 quarteirões com a mochila nas costas. Malditos!

dimanche, novembre 12, 2006

Rrrooooooaaaaaaaaarrrrrrr!


Senhoras e senhores, apresento-lhes Leôncio e Leônidas, meus guarda-costas...
(Nota da redação: sim, isso aí no chão é o livro do Brownlie...)

vendredi, novembre 10, 2006

Publicidade de respeito!

Todos os dias, esvazio minha caixa (física) de correio; são milhões de papéis, fôlderes e encartes despejados na lixeira estrategicamente colocada ao lado do móvel, no hall do prédio.

Hoje, ao pegar a correspondência, vi que, uma vez mais, lá estavam eles, esperando a queda livre. Havia, contudo, algo que me chamou a atenção: algo que parecia... sim, era bem isso mesmo... uma barra de chocolate... LINDT! A princípio, pensei que fosse só a caixa, um papel dobrado no formato de barra; foi quando vi escrito "tablette à l'interieur".

Desconfiada que só eu mesma, pensei que, ou eu havia faturado um admirador secreto que resolveu me conquistar pelo estômago (er... pouco provável; opção 2?), ou alguém deixara a barra cair por acidente na minha caixa (vai ver estava com os braços cheios de compras, livros ou sei lá o quê e nem percebeu). Dei uma leve e discreta espiadela nos espaços ao lado do meu... Não, não. Todos eles continham a mesma coisa; era mesmo um lance de marketing.

Hesito entre comer ou não comer a guloseima - afinal, Pai e Mãe sempre ensinaram a não aceitar nada de estranhos - mas ela está, por via das dúvidas, na geladeira. A verdade: só não ataquei ainda porque é chocolate amargo; vai ficar na reserva pra quando bater a vontade de um chocolate quente...

jeudi, novembre 09, 2006

Aqui já é...

Personalidade ruiva, dona do sorriso mais cheio de dentes e de alegria por centímetro quadrado de boca, amiga pra tudo quanto é hora, feliz aniversário!

Que esse ano seja de felicidade, saúde, alegria, amor, sucesso, de término da mono, de passagem na OAB, de vinda pra me visitar, da nossa tattoo igual, de muita risada, de muita Jeri, de pouco PM, de muita Doppin, de muita foto mostrando os dedos, de pouco bócio, de muitos projetos, de tantas realizações... Que esse ano seja teu! =)

Mais uma vez, coloco o chapéuzinho pra gente comemorar, distantes por alguns metros cubicos de água... Ô besteira!

Nota da redação: tem nem periiiigo de eu não ter sido a primeira! RÁ!

mercredi, novembre 08, 2006

Mürphý mê ámá!

Sai do banho e se veste às pressas, arruma a bolsa, pega o casaco, calça os sapatos, pega o computador, fecha a casa, desce à toda pelas escadas (elevador demora demais!) e corre feito louca: na hora certa... Entra no ônibus e respiraa aliviada... Ufa! Que bom que deu tempo; odeia estar atrasada!

Quatro paradas depois, desce e vê o ônibus seguinte que se aproxima, aperta o passo, chega ao ponto de ônibus, faz sinal pro motorista. Prepara a carta de transporte, ele coloca a seta... e passa direto! "EEEEEEEEEEEEI, COMO ASSIM, MERMÃO?!"

Não, não é possível... talvez ele pare mais pra frente, aperta o passo e dá uma corridinha mas não, o desgraçado, fela da gaita, piiiiiiiiii e piiiiiiiiiiiiiiii do motorista continua seu caminho.

Maldiz até a décima terceira geração da família dele, volta ao ponto, espera 5 minutos e sobe no ônibus lotaaaaado: criança chorando, velha briguenta, casal apaixonado sem noção... Uma looooonga viagem.

Chega cinco minutos atrasada e conta àqueles que fazem as tardes de quarta: "mais uma pros anais do blog...".

mardi, novembre 07, 2006

Post com delay.

Palpite para a final do Jessup 2007: Université Paris I versus Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Vitória de quem? Pouco importa...

(Nota da redação: Tá, a última parte é resultado da cara de pau da autora, e desculpa esfarrapada de quem morreu de pena de não ter ido ao UFRRRRRGSMUN e de quem tá doida pra encontrar os gaúchos mais legais de todos!)

dimanche, novembre 05, 2006

Amies d'enfance.

Era uma vez, Camille-Vanille e Áná Lu(Nota da redação: com biquinho...)isá. As duas se conheceram quando eram dois espirros de gente, um do cabelo dourado e o do outro, vermelhíssimo, na École Miollis.

Em pouco tempo, separá-las era impossível; viraram companheiras de filme da Mary Poppins (as duas muitas vezes caíram de popô no chão, tentando "voar" de cima da cama com o guarda-chuva), de Parc Astérix, show da Dorothée, de ski... E dividiam tudo, de quadrinhos do Tintin até o nascimento do irmão da Vanille.

Um belo dia, Áná Lu(NR: sempre com biquinho...)isá atravessou o oceano e Camille-Vanille mudou de escola e de casa. Ainda assim, as duas continuaram, na medida do possível, uma na vida da outra.

Seis anos depois, reencontraram-se e, durante dois dias, tentaram atualizar as histórias e compartilhar os segredos. Camille-Vanille prometeu pegar o avião e fazer a tão sonhada viagem. Semanas depois, um imprevisto adiou a visita, que acabou não acontecendo.

E foi a vez de Áná Lu(NR: entenderam o lance do bico, né?!)isá se mudar e a história parecia ter chegado ao fim. Notícias chegavam atrapalhadas e, por mais que todos tentassem, não conseguiam saber ao certo o que tinha acontecido com Camille-Vanille.

Eis que, oito anos depois do último contato, às vésperas do jogo Brasil vs. França, durante a Copa do Mundo, ela manda um email ao pai da amiga e as duas começam a se corresponder.

Semana passada, foi o aniversário de Camille-Vanille e, Áná Luisá, desolada por não ter o telefone da ruivinha, mandou-lhe um email. A resposta, quase imediata, continha não só a afirmação de que ela estar aqui foi um "super presente de aniversário", mas também um convite.

Ontem Áná Luisá foi à festa de vinte e dois anos de Camille-Vanille. E viu que a beleza da amizade, iniciada ela no começo, no meio ou no fim da vida, é a capacidade que tem de se renovar e de se revelar nos gestos mais simples: um sorriso largo e um abraço apertado.

Post dedicado à fundadora da dinastia das maravilhosas ruivas que povoam minha vida... =)

samedi, novembre 04, 2006

A ONU em pizza...

Todos os dias, eu pego o ônibus pra ir pra faculdade (apesar de eu adorar o metrô, adoro bem mais os meus pés; o ônibus passa ao lado de casa...). Lá pelo meio do caminho, sempre tem uma visão que me faz sorrir: uma pizzaria, ou melhor, uma pizzeria - Mamma mia!, toda decorada e com ares de legítima cantina italiana; aí, você sobe o olhar um pouquinho e lá estão, enormes e pra quem quiser ver, duas bandeiras: uma da Colômbia e uma do Brasil. Tudo acaba em pizza; até uma reunião digna da Assembléia Geral. =)