Diários de (bom) bordo

samedi, janvier 13, 2007

"Que a fé não costuma faiá..."

Nota da redação: de volta depois de uma semana infernal; bem menos ácida e um pouco menos crítica... ou não!

Sabe o que eu acho mais bonito nessa história de religião? A fé. Isso de acreditar, de não precisar de explicação, de se emocionar, de sentir.

Há quase dois meses, na Igreja do Menino Jesus de Praga, vi duas coisas que me marcaram demais. A primeira foi uma missa que estava sendo celebrada quando cheguei; sim, você dirá, uma missa sendo celebrada em uma igreja... Nada mais natural! Seria, bem verdade, se a missa não estivesse sendo celebrada em chinês. Algo entre as palavras (incompreensíveis, é bem verdade) do padre ecoando pela nave, as mulheres com suas vestes tradicionais e os cantos que eram entoados trazia um arrepio, uma sensação de paz.

Quando eu parei pra admirar a imagem do Menino, vi um homem olhando fixamente pra ela e passei a admirar o homem... Os olhos cheios de água, um olhar incrédulo, a mão na boca, o braço apoiando a cabeça, a estupefação em forma de gente.

No mês seguinte, no Natal, lá fui eu pra minha primeira Missa do Galo. Lá pelas tantas, mais uma inédita: um alemão, daqueles que têm bem cara de alemão, chorando feito criança aos primeiros acordes de "Noite Feliz".

Fé... Palavrinha forte, essa.

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